quarta-feira, 4 de maio de 2011

Como funciona a inversão térmica


por Luís Indriunas


A inversão térmica é um fenômeno meteorológico facilmente visto a olho nu nas grandes cidades como São Paulo ou Nova York, principalmente no inverno. É aquele facho de luz cinza alaranjado que divide o céu um pouco antes de anoitecer.

Para entender o fenômeno é preciso ter em mente o seguinte: o ar quente, menos denso e mais leve, tende a subir e o ar frio, mais denso e pesado, tende a descer.

Durante a maioria dos dias, o movimento do ar na atmosfera é vertical e linear. O ar quente, fruto da ação dos raios solares no solo, sobe para dar lugar ao ar frio. Nesse movimento, os poluentes, que são mais quentes e menos densos que o ar, sobem ainda mais e se dispersam.

Para que ocorra a inversão térmica é preciso alguns fatores específicos como baixa umidade do ar (comum nos invernos paulistanos, por exemplo). O fenômeno pode ocorrer em qualquer época do ano, mas fica mais intenso nas épocas de noites longas, com baixas temperaturas e pouco vento.

Mas o que efetivamente acontece com a inversão térmica?

Quando chega o final da tarde de um dia de inverno em São Paulo, os raios solares tornam-se mais difusos e frágeis, assim o solo da cidade se resfria rapidamente. E conseqüentemente, o ar próximo do solo se resfria rapidamente. Aquele ar quente que ainda está na atmosfera continua a subir, mas o ar frio próximo ao solo, por ser mais denso e pesado, fica parado. Assim a temperatura cai ainda mais e os poluentes, que normalmente são "levados" pelo ar quente, acabam retidos na camada mais baixa da atmosfera.




©2007 HowStuffWorks

Conseqüências funestas


Quando ocorre a inversão térmica, os poluentes, que normalmente iriam se dispersar acompanhando o ar quente liberado na terra, ficam presos. A faixa cinza alaranjada é a conseqüência visível do fenômeno.

É comum nos invernos paulistanos vários moradores apresentarem problemas de saúde, afinal a poluição atmosférica torna-se mais intensa. Entre os efeitos dos poluentes, é constatado que o monóxido de carbono, que sai dos escapamentos dos veículos, causa disfunções do miocárdio; o dióxido de enxofre, problemas respiratórios. Além desses dois poluentes, várias partículas inaláveis prejudicam a circulação vascular do corpo humano, ampliando as chances, por exemplo, de aumento da pressão arterial.

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